Dr. Jorge Menenguci

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Entrevista do Dr. Jorge cedida ao Super I, sobre Doença Renal Crônica (DRC): 15 minutos que irão te ensinar sobre essa doença silenciosa

Entrevista cedida ao Luis Gustavo, jornalista do Super I, canal de Governador Valadares, onde foi falado sobre Doença Renal Crônica e  fatores de risco, diagnóstico e condução dos casos.

Lembrando que a insuficiência renal é silenciosa. Se diagnosticada precocemente, há condições de reduzir significativamente sua progressão – ou seja – reduz muito a chance do paciente evoluir para as formas mais graves da doença, evoluindo inclusive – para hemodiálise – se não tratada.

Dr. Jorge Menenguci é nefrologista, em Governador Valadares, especialista em tratar e diagnosticar desordens renais. É especialista com grande experiência e extremamente bem conceituado na Nefrologia.

Assista aqui a esse excelente bate-papo:

A Doença Renal Crônica (leia mais aqui) é extremamente prevalente em nossa população. Estudos recentes mostram que a prevalência é 1 caso a cada 10 pessoas.

 

A Nefrologia avança a passos largos, dando uma melhor sobre vida aos pacientes que possuem este diagnóstico. A terapia medicamentosa avançou a passos largos para reduzir consideravelmente a progressão da doença. Porém, para que o tratamento correto seja realizado, é necessário que tenhamos “lastro” para tratar – ou seja – que a doença seja descoberta ainda em suas fases iniciais.

 

Mas como é feito o diagnóstico? Costumo separar de maneira didática em 3 pilares:

  1. Temporal/Quantitativo: paciente com redução na função renal (<60ml/min/1,73m²) por um período não inferior a noventa dias – em algum casos não há necessidade de se esperar tanto tempo para o diagnóstico;
  2. Morfológico: através de um exame de imagem, o nefrologista consegue enxergar como estão os rins, observando o formato, se os dois estão presentes ou se há alguma alteração anatômica que prejudique seu funcionamento;
  3. Histológico: através da biópsia renal, podemos observar alterações glomerulares – as chamadas: glomerulopatias.
 
 
Feito o diagnóstico, é necessário estadiar a doença, ou seja, entender qual o grau de severidade e risco de progressão. Isso se faz necessário com o intuito de entender qual o nível de restrição alimentar deve ser instituído, quais medicações podem – ou não – serem utilizadas e o momento correto de avaliar a necessidade de confecção de acesso vascular para hemodiálise, treinamento para dialise peritoneal ou encaminhamento ao serviço de transplante.
 
 
Toda nova avaliação em consultório é feita um novo reestadiamento. A cada novo reestadiamento, há uma nova proposta de tratamento. A cada novo tratamento, há a esperança de resultados positivos. E eles vem, desde que haja comprometimento com o tratamento.
 
 
O primeiro passo para que se tenha um tratamento eficaz, esta na base da pirâmide que direciona o tratamento de qualquer doença crônica não transmissível – que é mudar os hábitos que o levaram a adoecer. Neste post abordo pilares fundamentais para que haja uma mudança de paradigma em relação a doença renal, trazendo saúde e bem-estar.
 
Já quando se trata de tratamento medicamentoso – que associado a um estilo de vida saudável e reeducação alimentar – a Nefrologia avançou a passos largos. Com o advento de novas medicações e diversos estudos na área, foi observado uma redução gigante na progressão da doença renal, sendo que se inseridos precocemente no tratamento, reduz a progressão da doença a níveis fisiológicos – ou seja – aos níveis de uma pessoa que não possui doença renal e tem um envelhecimento “normal” dos rins.
 
 
Portanto, quando se trata de doença renal crônica – não se deve negligenciar o fato da doença estar presente. Aos grupos de risco, estejam vigilantes (leia mais aqui) Peça ao seu médico para dosar sua creatinina avaliar a perda de proteína pela urina, através da Relação Albumina/Creatinina Urinária (RAC). Mas lembr-se, não basta apenas dosar… é necessário interpretar corretamente: aplicar a fórmula de CKD-EPI 2021 para avaliar a taxa de filtração dos rins e observar se a  perda de proteína/RAC está acima de 30mg/dL.
 
 

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